sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

4 – Caça a Bruxa

Após a explosão de fogo, os batentes da porta recém derrubada começaram a pegar fogo. Philadox saiu apenas com a barba chamuscada, provavelmente por causa da proteção de sua armadura de batalha.


 

Gallagan parecia ter sentido muito mais o golpe, sua pele parecia estar muito queimada, demonstrando em diversos pontos ter criado pequenas bolhas por causa do fogo.


 

Mas em compensação o Leão que ele monta parece que nem mesmo se incomodou com o calor, seu pelo continuava brilhante e sem nem ao menos sinal de ter se chamuscado...


 

Gallagan que não poderia entrar na casa com seu Leão se aproximou mais de Philadox. Falando algumas palavras mágicas encostou a mão no ombro do anão...


 

Os músculos de Philadox incharam a ponto de quase se ver as veias dele saltando. Philadox correu casa adentro atravessando o fogo que aumentava, eu fui atrás.


 

Entrei a tempo de ver Philadox com seu Malho pegando fogo enterrado no peito do homem que havíamos visto antes fechando o forno. Eles se encontravam na metade da escada.


 

Philadox então em um salto voltou e se postou a minha frente como que para me proteger de algo, me cutucou com o cotovelo e apontou para debaixo da escada.


 

Ao olhar vi ali um ser humano que se transformava em algo que mais parecia o cruzamento de um humano com um abutre, ele tinha penas acinzentadas por todo o corpo e largas asas emplumadas...


 



 

Vendo aquele ser monstruoso a nossa frente, eu parei de tocar e recitei um poema mágico que Batz há muito tempo me ensinou, este encantamento serve para privar magicamente qualquer ser de se movimentar.


 

Senti o monstro lutando contra meu encantamento, usando toda a força de vontade que ele tem... Mas meu encantamento foi mais forte e ele ficou ali paralisado embaixo da escada...


 

Quase que imediatamente após meu encantamento, vi cinco flechas encravadas no corpo do monstro e ouvi o som de algo caindo no chão ao mesmo tempo em que eu vi o monstro caindo morto...


 

Era Gregor que estava escondido, ele segurava uma flecha na mão e o arco estava no chão, pois ele o havia derrubado na pressa de atirar.


 

O corpo do monstro começou a deteriorar instantaneamente e sumiu sem deixar vestígios de um dia ter estado ali... Apenas um anel dourado, ao ver o anel Reyes falou:


 

"-Este anel é muito parecido com o anel que Leon tem, destrua ele!"


 

Philadox sem pensar duas vezes, acertou o anel com sua arma fazendo em migalhas. E então foi ver o corpo que estava na escada.


 

Este corpo cheirava a carne queimada, tinha um grande buraco queimado bem no meio do tórax onde Philadox havia enterrado sua arma. Após revistar o corpo encontrou um anel de platina e o guardou no bolso. Enquanto isso eu procurava pistas da bruxa na casa antes que ela fosse totalmente tomada pelo fogo...


 

Não encontrei nada, quando terminei saí da casa e encontrei os outros, mas Gregor havia sumido... Reyes estava ajoelhado rezando com um copo com água na mão. Na sua frente estavam os restos do garoto que estava no forno e com alguns diamantes ao redor do corpo.


 

Mantive-me quieto acreditando que o clérigo estava fazendo algum tipo de ritual para que a alma do garoto descansasse em paz. Após 10 minutos eu já estava cansado de esperar e Philadox batia o cabo de sua arma no chão também demonstrando impaciência. Então vi outra prova de poder do habilidoso clérigo...


 

Ele jogou um pouco de água sobre cada um dos diamantes e então molhou o rosto do garoto fazendo alguns sinais e então implorou em um tom de submissão:


 

"-Oh Torm, O Verdadeiro... imploro-lhe devolva a vida deste garoto que foi tomada por seres malignos..."


 

Um clarão surgiu então, fazendo com que eu tivesse que cobrir os olhos. Quando a luz sumiu o garoto estava em pé sem nenhuma queimadura.


 

Eu já tinha ouvido falar deste tipo de milagre... Mas nunca imaginei que iria testemunhar um deles.


 

Reyes tentava falar com ele, mas não conseguia, pois o garoto apenas chorava com medo e balbuciava:


 

"-Professora... vivo... forno... comer..."


 

Reyes se aproximou do ouvido do garoto e falou alguma coisa, aos poucos o garoto foi parando de chorar. Vendo-o mais calmo Reyes perguntou:


 

"-Quem fez isso com você? Onde está esta pessoa, você sabe?"


 

O garoto ainda com o rosto molhado, mas aparentemente sem medo começou a falar:


 

"-A nova professora... ela me pediu para ajudá-la com os livros... quando entramos, ela falou que iria me comer e me jogou vivo no forno..." Falou o garoto olhando para Reyes.


 

Reyes e Gallagan perguntam ao mesmo tempo:


 

"-Pode nos levar até esta escola?"


 

O garoto fez que sim com a cabeça e saímos correndo atrás do garoto. Quando chegamos ao centro da vila o garoto apontou para uma casa um pouco maior que as outras.


 

Quando nos aproximamos vimos Gregor tentando olhar pela fechadura, ele ia falar algo, mas Philadox foi mais rápido e já foi abrindo a porta.


 

Se tivéssemos demorado 10 minutos a mais provavelmente teríamos visto uma cena grotesca. Pois existiam cerca de 20 crianças amarradas no canto da sala todas chorando e uma moça que parecia preparada para fazer algo com as crianças.


 

O garoto imediatamente apontou para a moça e gritou:


 

"-É ela! É ela! Foi ela que me jogou no forno!!!"


 

Ela pareceu surpresa, mas ao avistar Reyes, que já estava no meio de uma conjuração e Gallagan a surpresa se tornou ódio.


 

Reyes terminou sua conjuração e surgiu em cima da bruxa dezenas de espadas se movendo no ar e atacando tudo em uma pequena área formando uma barreira, a moça foi pega por alguns golpes que lhe cortaram a carne. Mas deu um passo a frente e evitando assim se machucar mais na barreira.


 

Eu conjurei invisibilidade sobre mim e fui em direção às crianças. Vi então sete flechas perfurarem o corpo da moça...


 

Em pontos vitais, como coração, fígado e garganta. Ao procurar com os olhos de onde vieram as flechas, vi Gregor com um olhar flamejante gritar:


 

"-Você não sairá viva daqui! Juro por meu irmão e pela honra de Shevarash!"


 

Então Gallagan avançou montado em seu Leão com toda velocidade em direção a barreira. O Leão hesitou e tentou de todas as formas possíveis lutar para não entrar na barreira, porém foi obrigado por Gallagan que por algum motivo queria entrar ali... Ainda não sei o que o paladino planejava, mas sei que o leão pareceu ser o mais inteligente dos dois naquele momento (e em muitos outros)...


 

Quando Gallagan entrou na barreira as lâminas começaram a retalhar sua carne que já estava danificada pelo fogo tornando-a ainda mais desagradável de se ver. Quando Gallagan finalmente estava frente a frente com a garota, ficou fascinado com sua beleza e decidiu apenas olhá-la...


 

Philadox então passou correndo por trás dele, se jogando com o escudo contra a moça que aproveitou para mordê-lo em um dos ombros. Ele urrou de dor e raiva entrando junto com a bruxa em meio às lâminas.


 

Philadox se levantou com diversos cortes no corpo, mas a moça foi dilacerada... Os restos do corpo dela foram jogados para todos os lados sujando a sala toda de sangue. E finalmente voltando a sua forma verdadeira...


 

Ela mudou totalmente de aparência. Parecia com uma mulher muito feia com a pele violeta azulada como se tivesse sofrido hematomas. Com verrugas, bolhas e chagas por todo o corpo... Tufos de cabelo negros como um carvão, dentes serrilhados e amarelados. E os olhos flamejantes emanando um leve brilho avermelhado. Em resumo a visão de algo saído dos nove infernos!


 



 

Enquanto eu desamarrava as crianças, Reyes desfez sua barreira e foi verificar o ombro de Philadox que caiu ajoelhado por causa da dor.


 

Reyes tentou alguns feitiços contra veneno, mas de nada adiantou. O ombro de Philadox estava cada vez mais escuro, chegando a ficar mais escuro que a pele da bruxa morta...


 

Perto de uma das partes do corpo da Bruxa vimos uma gema roxa, Reyes que havia desistido (Por enquanto) de cuidar do ombro de Philadox começou a pisar na gema tentando quebrá-la.


 

Philadox se aproximou mal-humorado por causa do ombro e empurrou Reyes para longe da gema, com um único golpe de malho ele despedaçou a gema... Mas usou muita força e os estilhaços que voaram chegaram a nos machucar. Por sorte as crianças já tinham saído da sala senão poderiam ter se machucado.


 

Nisso Philadox guardou a arma, virou-se para Gallagan e falou:


 

"-Você é um animal! Ouvi falar que paladinos podem curar doenças. Você não pode ou não quer fazer isso? Reyes já descobriu que NÃO é veneno o que está circulando pelo meu ombro!"


 

O anão começou a encarar Gallagan com ódio no olhar...


 

Gallagan se aproximou demonstrando certa dúvida sobre o que poderia fazer. Colocou uma mão no ombro de Philadox e vimos uma luz brilhar. Então o ombro do anão começou a voltar à cor original, enquanto o paladino falava...


 

"-Desculpe-me meu fiel amigo, eu esqueci que poderia fazer isto..."


 

E mais uma vez o Paladino demonstra sua grande perspicácia...


 

Quando saímos, diversas pessoas se aproximaram perguntando o que havia acontecido... E como todo bardo, por mais modesto que seja, comecei a contar sobre as recentes vitórias de meus companheiros com uma canção. Fomos aplaudidos pelos amigáveis moradores da vila. Eles fizeram questão de dar uma festa em homenagem ao grupo. É claro que me ofereci para cuidar da música...


 

Passamos a noite inteira comendo, bebendo e cantando. Sem nos preocuparmos com o amanhã...

6 comentários:

Hina Niichan disse...

Gostei muito desta parte da história, cheia de força. ^^
Continues a escrever.

Diego Rodrigues disse...

heauheauhea

gallagan é tonto demaisssss



essa festinha foi legal.. bebemos tanto

eu ate peguei umas camponesas :p

Ocultismo em Foco disse...

esse corpo cheirava a carne queimada deeus o livre heuehiuehuishiuese ;D
Continue escrevendo lyyn te adorooo!!

Anônimo disse...

vinguei meu irmão porra!!!!
falei q ia matar essa bruxa

Obs: é claro q todos vcs do grupo me ajudaram valewwwww

ahhh na festa fiquei bebado em homenagem ao meu irmão

i vamu toma hidromeu porra!!!

Anônimo disse...

E lá vamos nós a uma das inúmeras "Pérolas" desta aventura.
Gallagan (Paladino),é subjulgado por seu Leão (Aparentemente irracional).
Pensem meus caros leitores:
Uma BARREIRA DE LÂMINAS está a sua frente,e por um surto você decide TRANSPOR a tal manifestação.E seu FIEL AMIGO,um leão que segue as suas ordens,se recusa a penetrá-la.
Vamos às Hipóteses:

1º O Paladino contraiu a doença BURRICE GALOPANTE.

2ºVamos eleger o LEÃO como novo Paladino do grupo (o Bicho é mais inteligente que seu âmo).

3ºDizer a frase "Meu fiél amigo", só reforça a primeira Hipótese.


Gregor (Elfo), vinga a morte de seu irmão...
A festa evapora todas as preocupações de nossos aventureiros.
Porém,eles enfrentarão inimigos ainda piores...

Não muito longe dalí (Em algum lugar no Inferno):

"Você conhece Mistra?"

"Sim conheço..."

"Nossa!Estou IMPRESSIONADO ..."


Kkk...

Myanmar disse...

1º O Paladino contraiu a doença BURRICE GALOPANTE.

2ºVamos eleger o LEÃO como novo Paladino do grupo (o Bicho é mais inteligente que seu âmo).

3ºDizer a frase "Meu fiél amigo", só reforça a primeira Hipótese.


Respostas

1ºA burrice infelizmente não é só galopante...

2ºEstou incentivando essa alternativa como uma campanha "Vamos eleger o leão como novo paladino do grupo"

3ºDizer "fiel amigo" não tem a ver com a burrice galopante...


~ É isso...