segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

7 – O Livro

O velho entrou correndo, tendo Reyes e eu vindo logo atrás. Subimos correndo a escada pois o som veio do segundo andar, vimos uma porta fechada e outra aberta que foi onde entramos supondo que o som veio dela.


 

Quando entramos vimos um quarto simples, com uma janela, uma cama de solteiro, cortinas desbotadas e uma escrivaninha. No chão estava a gaveta da escrivaninha quebrada mostrando que havia sido arrombada e esvaziada.


 

Reyes rapidamente se aproxima da janela do quarto se vira e fala:


 

"-Acho que o ladrão saiu por aqui..." Então apontou para o lençol que estava amarrado no pé da cama e saia pela janela.


 

Apenas me aproximo para olhar o lençol e Reyes continua falando.


 

"-O que tinha nesta gaveta senhor... qual o seu nome mesmo?" Reyes olhou curioso para o velho e só agora eu percebi que nós não sabíamos o nome dele...


 

"-Me chamem Balthasar. E não havia nada demais para que alguém pudesse levar..." O velho falou parecendo triste.


 

Eu pego a gaveta quebrada no chão e a encaixo onde estava antes de ser arrombada, enquanto cantava uma melodia que Batz me ensinou para fazer pequenos consertos.


 

Ao terminar de cantar a gaveta estava consertada como se nunca tivesse sido arrombada. Balthasar olhou aquilo e um surpreso perguntou:


 

"-Como você aprendeu isto?"


 

"Batz me ensinou esta melodia a alguns anos atrás. Afinal as vezes preciso consertar minha harpa não é?" Falei alegremente.


 

"-Eu perguntei COMO você aprendeu e não QUEM te ensinou!"


 

"-Mas obrigado mesmo assim..." Falou o velho e então se virou para Reyes e falou:


 

"-Saiam daqui por favor. Vou descansar agora." Sem esperar nem mesmo nós sairmos o velho deitou na cama para descansar.


 

Antes de sair Reyes anda em volta da cama do velho como que abençoando a área e então saímos os dois em silencio. Na porta da casa encontramos com Gregor segurando um saco parecendo conter moedas e um livro na outra mão.


 

"-Onde você estava Gregor? E onde conseguiu isto ai?" Perguntei olhando para os itens nas mãos dele.


 

"-Eu peguei ai na casa do velho!" Então ele nos contou como foi...


 

Gregor deu a volta sorrateiramente pela casa enquanto conversávamos com o velho. Ele entrou pela janela e passou sem ser percebido. Subiu as escada entrou no quarto do velho e viu a escrivaninha.


 

Quando tentou abri-la viu que estava trancada, parou e pensou:


 

"Se não posso abrir por bem, abro por mal!"


 

Ele então tirou o lençol da cama, o amarrou no pé e jogou a outra ponta pela janela. Então ele bateu com toda força usando uma lança que sempre carrega estourando a fechadura (o que explica o barulho que ouvimos).


 

Ele então rapidamente puxou a gaveta jogando-a no chão, pegou o livro e o saco. Então se escondeu atrás da cortina e ficou esperando...


 

Viu-nos entrar no quarto e continuou esperando. Quando Reyes e eu saímos, aproveitou que o velho estava de costas e desceu pelo lençol que ninguém se lembrou de retirar antes que saíssemos da casa. E nos encontrou na porta.


 

Quando ele terminou de explicar Reyes parecia atônito com o que Gregor fez. Logo puxou o livro da mão de Gregor e foi abrir para ver o que era...


 

Nesta hora começou a uivar um vento macabro fazendo com que as janelas das casas abandonadas baterem e aumentando mais ainda a impressão de estar em uma cidade fantasma.


 

Reyes ficou branco e paralisado com o livro apenas entre aberto em sua mão e com os olhos arregalados olhando para o nada como se tivesse algo ali.


 

Depois de um tempo ele ainda sem olhar para nós diz:


 

"-E-eu vi uma mulher quando abri o livro... Apesar de ser apenas uma mulher, foi algo macabro..."


 

Então Gallagan se aproximou de nós fazendo Reyes se recuperar de sua visão. Nesta hora Gregor abriu o saco que estava em sua mão e vimos algumas peças de bronze dentro.


 

Provavelmente por peso na consciência, Gregor depositou uma peça de ouro na sacola e Reyes depositou mais algumas.


 

Nós íamos entrar para devolver as coisas de Balthasar, mas o vimos descendo a escada e apenas esperamos ele se aproximar.


 

Quando chegou viu seu livro nas mãos de Reyes e pareceu furioso. Eu rapidamente me aproximei e falei:


 

"-Senhor nos desculpe pela idiotice de nosso companheiro..." Eu tento dar um tapa na nuca de Gregor, mas ele desvia. Reyes tenta logo depois, mas também erra.


 

"-Não sabemos por que ele fez isto. Mas sentimos muito... Aqui está seu livro..." Ao terminar peguei o livro da mão de Reyes e entreguei ao Ancião. Ele apenas nos olhou com a cara fechada, pegou o livro e entrou na sua casa batendo a porta.


 

Assim que Balthasar fechou a porta percebemos que ficamos com as moedas dele. Então imediatamente começamos a bater na porta e chamar por ele, mas ele não atendia de jeito algum...


 

Vendo que ele não atenderia demos a volta na casa, então Gregor subiu pelo lençol que ainda estava pendurado pela janela. A janela estava fechada, Gregor começou a bater na janela como que pedindo para Balthasar abri-la.


 

Após algums minutos sem resposta Gregor começou a tentar abrir a janela... Quando conseguiu abrir entrou em silencio pela janela e sumiu durante alguns instantes.


 

Nós ficamos esperando Gregor voltar, então ele apareceu na janela e por meio de gestos perguntou se deveria pegar novamente o livro do Ancião. Reyes e eu conversamos durante alguns minutos e por meio de sinais também falamos que ele não deve pegar o livro.


 

Gregor desce e fala:


 

"-O velho estava dormindo abraçado com o livro. Mas tive a impressão que ele chorava..." Então Reyes começa a fazer algum tipo de prece, após alguns minutos orando ele se vira para a gente e fala:


 

"-Vou santificar esta casa." Então Reyes coloca as mãos na sua bolsa e começa a procurar por alguma coisa. Alguns segundos depois ele olha para a gente novamente e fala:


 

"-Alguém tem componente para fazer um ritual de santificação?"


 

Gregor e eu nos olhamos e apenas rimos pela falta de preparo de Reyes para está situação...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

6 – O Ancião

Caído no chão, com manchas a me embaçar a visão e o corpo todo dolorido vi o que havia me mordido... Uma Naja rastejava próxima ao meu pé, pronta para morder novamente...


 



 

Mas antes que ela pudesse dar o bote novamente uma flecha lhe atravessou a cabeça e no mesmo momento perdi a consciência... Acordei alguns minutos depois, com a mão de Reyes em meu ferimento, ainda sentia-me fraco do veneno da Naja, mas estava melhor que antes de desmaiar.


 

Agradeci Reyes e quando me levantei vi Gregor fritando a naja para comer, (realmente este pessoal do "mato" tem uns gostos estranhos)...


 

"-E ai Aust, enfrenta bruxa com a gente, mas cai para um animalzinho destes?" Pergunta Gregor com um sorriso nos lábios.


 

"-Fazer o que não é? Não sei viver no mato... Ou no deserto, como você preferir..." Respondi meio sem jeito enquanto todos caiam na gargalhada.


 

Um tempo depois voltamos todos a descansar, no outro dia de manhã partimos novamente voando com auxilio da magia de Reyes. E após algumas horas de vôo chegamos novamente ao acampamento onde conhecemos Gallagan, Reyes e Gregor.


 

Fomos diretamente procurar por Jasão. Quando encontramos com ele, Reyes e ele se abraçaram e se cumprimentaram com saudações religiosas. Então Jasão começou a falar:


 

"-Bem vindos amigos, as noticias da morte da bruxa muito alegram a nossa causa!"


 

"-Obrigado mestre! Durante as lutas conseguimos um anel..." Reyes respondeu e começou a olhar para Philadox esperando que ele pega-se o anel.


 

Philadox meio a contra gosto tirou o anel de platina do bolso e entregou para Reyes, que o mostrou para Jasão.


 

Depois de alguns minutos olhando para o anel Jasão entrega para Philadox e fala:


 

"-Este anel não parece ter nada de especial. Mas tome cuidado nunca se sabe que tipo de truques o mal pode usar. Mas tem outra coisa me preocupando..."


 

"-Ouvi rumores que entre Comanthor e o Vale das Sombras tem acontecido alguns casos estranhos... As pessoas andam tendo pesadelos estranhos e morrendo com pragas desconhecidas. Não sei se está envolvido com o que andamos enfrentando, mas é nosso dever verificar isso e caso tenha alguma força maligna agindo fazer com que parem!" Terminou Jasão olhando para Reyes nos olhos.


 

Reyes então responde:


 

"-Desculpe pode repetir Mestre?"


 

Jasão então repete tudo o que havia falado meio indignado com a falta de atenção de seu discípulo.


 

"-Amanhã de manhã eu levo vocês até lá por teleporte... precisamos verificar isso rapidamente. Por hoje vocês devem descansar." Adicionou Jasão ao que já havia falado.


 

Fomos todos descansar e no outro dia pela manhã após suas preces matinais Jasão veio nos encontrar e após algumas preces sumimos todos e aparecemos em outro lugar.


 

Parecia uma cidade fantasma... As casas davam a impressão de não ter ninguém morando há algum tempo.


 

Jasão apenas se despediu e sumiu novamente do mesmo modo que havíamos aparecido. Reyes se vira e fala:


 

"-Vou buscar Gallagan, talvez precisemos dele." Então ele sai voando.


 

Eu saio à procura de alguma pessoa para conversar, bato em algumas portas e em nenhuma delas sou atendido, até que chego ao centro da vila e vejo um senhor já de certa idade sentado próximo a um poço.


 

Este senhor já castigado pelo tempo e pela vida no campo, tinha aparência de alguém que já sofre há muito tempo. Eu me aproximei dele cumprimentando-o.


 

"-Bom dia meu senhor. Poderia conversar um pouco?" Falei sorrindo.


 

"-Aqui não tem bom dia. E se você dá valor a sua vida deveria ir embora!" Falou o senhor demonstrando muito mal humor.


 

"-Desculpe, mas não posso, vim com alguns amigos para investigar sobre os supostos pesadelos e pragas que vem assolando esta vila." Respondi tentando ganhar a cooperação do velho senhor.


 

"-Tudo que vocês precisam saber é que isto é uma desgraça sobre a vila que assola a todos os que moram por aqui... Ou melhor, dizendo... que moravam... pois quem não morreu dá praga decidiu ir embora..." Falou o velho.


 

"-Eu sou o ancião desta vila, sempre morei aqui, eu não vou embora daqui... eles querem ir? Deixem que vão e nunca mais voltem!" Resmungou o velho falando mais com ele mesmo do que comigo.


 

"-E o que é esta praga? Quanto tempo faz que ela começou a atacar a vila?" Perguntei para o velho.


 

"-Não sei... As pessoas têm pesadelos e depois morrem pela praga. Isso começou a acontecer há quatro dias, mas já tinha acontecido outra vez há uns 50 anos atrás." Me respondeu o velho.


 

Eu comecei a fazer outra pergunta, mas o senhor simplesmente se levantou e ficando de costas para mim foi em direção a uma das casas dando a entender que o assunto estava terminado.


 

Voltei para perto de Gregor e percebi que ele estava em transe. O cutuquei para acordar do transe e ele levantou assustado, vendo que eu quem o havia acordado falou:


 

"-Desculpe-me... ainda é efeito da ressaca!"


 

Isso me fez pensar... Efeito da ressaca três dias depois da festa? Bom fazer o que não é?


 

Contei para ele o que eu havia ouvido do velho e ele decidiu procurar por vestígios de algo que possa causar a praga. Ele ficou algumas horas checando o chão e então finalmente falou:


 

"-Não encontrei nada de anormal. Apenas pegadas de humanos."


 

Nesta hora Reyes volta voando acompanhado de Gallagan que parecia bem cansado. Reyes então explica a aparência de Gallagan:


 

"-Parece que ele ficou todo este tempo lá onde o deixamos parado esperando a gente. Não dormiu nem comeu nada..."


 

Tive que conter para não rir da idiotice que acabava de escutar. Então falamos para Reyes o que havíamos descoberto. E ele falou:


 

"-Quero falar com este velho de novo, me mostre a casa em que ele está."


 

Mostrei para ele o caminho e quando chegamos ele já foi batendo na porta. Após alguns minutos o mesmo velho de antes abriu a porta com um olhar que por si só dizia: "-O que vocês querem?"


 

"-Boa tarde eu sou Reyes, um clérigo de Torm! Poderia conversar um pouco com o senhor?" Falou Reyes em resposta ao olhar do ancião.


 

O ancião apenas fez que sim com o movimento de cabeça e esperou o que Reyes iria falar. Então Reyes começou:


 

"-O meu amigo aqui me falou sobre a praga e os pesadelos. Gostaria de saber do senhor, nunca teve nenhum destes pesadelos?"


 

"-Estes pesadelos são reais e eu já os tenho a mais de 60 anos!" Respondeu o velho.


 

"-E as pessoas que morreram da praga? Alguém analisou os corpos?" Perguntou Reyes.


 

"-Para que? Todos parecem que foram sugados. Pois todos ficaram pálidos." Falou o ancião.


 

"-Se vocês desejam continuar vivos aconselho que saiam da vila o mais rápido possível!" Nos alertou o ancião.


 

"-Somos um grupo corajoso meu senhor, nós viemos aqui para resolver este problema!" Falou Reyes com convicção mostrando uma dignidade e determinação que eu ainda não havia visto nele.


 

"-E quem você pensam que são para resolver algo?" Gritou o ancião claramente duvidando de nós.


 

"-Independente da sua crença em nós, vamos resolver este problema. Se importaria se investigássemos as outras casas?" Falou Reyes demonstrando calma.


 

"-Façam o que quiser. Mas não vão ficar impressionados com o que possam ver lá." Falou o velho em tom de deboche.


 

"-Uma ultima pergunta senhor. Você nunca foi atacado? Perguntou Reyes.


 

"-Sou atacado da pior forma possível..." Falou o ancião.


 

Sem que ele pudesse terminar o que falava ouvimos um estrondo no segundo andar da casa. E entramos todos correndo na casa...


 


 

Não se esqueçam de votar na enquete "O Leão é mais inteligente que Gallagan? E ele deve ser o novo paladino do grupo?"!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

5 – Após a Festa

Sinto um calor sobre minha pele e uma claridade que passa pelas minhas pálpebras... Minha cabeça dói, abro os olhos e descubro que o calor que eu sinto é a luz do sol que passa pela janela... Estou em uma cama de alguma casa, mas não me lembro como e quando cheguei aqui...


 

Tudo que me lembro foi do dia anterior... a luta com a bruxa e depois a grande festa que os habitantes do vale ofereceram... Eu tocava minha harpa e muita gente dançava. A grande maioria camponesas algumas quase se oferecendo para nós "Os Matadores da Bruxa", como nos apelidaram...


 

Durante a festa havia muita comida e bebida, me lembro de ter bebido umas cinco canecas de hidromel. Mas depois disso não me recordo de mais nada...


 

Sinto algo se mover na cama, alarmado olho para o lado e só agora percebo que tem outras pessoas na cama. Para ser mais exato três garotas eu suponho, pois estão cobertas. Gostaria de lembrar o que aconteceu na noite anterior...


 

Tiro o cobertor da que está mais próxima e vejo uma bela camponesa, é uma das mais bonitas que eu havia visto na festa, pensando que as outras podem ser tão belas quanto a primeira puxo a coberta de cima delas e quase salto da cama. As outras duas eram pouca coisa mais bonitas que aquela bruxa que matamos, provavelmente por efeito da bebida acabei ficando com elas...


 

Sem fazer barulho me levanto e visto minhas roupas, pego minhas armaduras com cuidado e saio sem que as garotas acordem. Se fosse só pela primeira garota das três eu não teria problema em ficar até ela acordar... Mas as outras duas só com o efeito do Hidromel mesmo.


 

Saio da casa e percebo que ainda é cedo, poucas pessoas caminham pelo vilarejo, vou até a praça central e vejo Gregor dormindo em cima de uma mesa, antes da festa ele havia me falado que desejava "sair" com uma das camponesas para relaxar. Mas estranhamente ele estava ali sozinho...


 

Pode ter sido efeito dá comida servida, ouvi comentários de que ele seria alérgico a cebola. E quase toda comida que foi servida havia sido preparada com cebola... Ou talvez ele apenas tenha mudado de idéia e decidido ficar sozinho.


 

Philadox estava dormindo encostado em um barril vazio de hidromel, do lugar em que eu estava podia ver a entrada da casa onde eu dormi, mas ninguém que saísse de lá poderia me ver. Alguns minutos depois de me sentar na mesa onde Gregor dormia para esperar os outros acordarem vi as duas garotas mais feias que estavam na minha cama saírem conversando sorrindo. A outra saiu e foi para o lado oposto as duas anteriores, ela pareceu me perceber, mas fazer questão de ignorar... Não a culpo já que não esperei nenhuma delas acordar para sair...


 

Gregor acorda meia hora depois e fala:


 

"-Bom dia Aust!"


 

Eu respondo:


 

"-Bom dia Gregor. A noite foi boa, mas por que ficou aqui nesta mesa dura ao invés de ir dormir em uma cama quente com alguma camponesa?"


 

"-Ah sobre isto... Decidi que esta noite seria para festejara vingança pelo meu irmão!" Respondeu Gregor sem parecer muito convincente.


 

Fiquei em silencio esperando os outros acordarem para saber qual seria nosso próximo passo. Philadox e Gallagan chegaram e se sentaram sem falar muito, talvez pela ressaca que todos estávamos com toda certeza. Reyes saiu da mesma casa que eu umas duas horas depois abraçado com uma bela camponesa, provavelmente tão bela quanto a que me ignorou.


 

Reyes estava com um sorriso de orelha à orelha e falou animado:


 

"-Bom dia à todos! A festa foi ótima não?"


 

Todos assentiram com a cabeça enquanto ele se sentava. Então eu que depois de Reyes parecia o mais animado perguntei:


 

"-Então Reyes qual será o nosso próximo passo?"


 

"-Me dêem alguns minutos vou avisar Jasão que matamos a bruxa, Cukko e Dizon." Respondeu Reyes, então ele se ajoelhou e começou a fazer uma prece silenciosa. Neste meio tempo Gregor acabou cochilando.


 

Passaram-se 10 minutos então Reyes se levantou e falou:


 

"-Jasão pediu que nós voltássemos..."


 

Todos nos preparamos para voltar menos Gregor que dormia na mesa novamente, mas ele parecia já estar com todas as coisas dele arrumadas.


 

Reyes então se virou para o paladino e falou:


 

"-Gallagan, pode ir ver se as crianças estão muito traumatizadas ainda?"


 

Gallagan assentiu com a cabeça e saiu em direção a uma das casas. Nisso Reyes apressadamente acordou Gregor e novamente recitou as preces para fazer com que nós voássemos.


 

Quando já estávamos a uma altura de 2 metros mais ou menos vimos Gallagan vir correndo e gritando:


 

"-Ei fieis amigos! Vocês esqueceram-se de mim!"


 

"-Nos espere aqui. Nós voltaremos!" Respondeu Reyes sem dizer quando seria isso.


 

Gallagan ficou ali olhando nós sairmos voando parecendo uma criança que acaba de perder seu melhor amigo...


 

Voamos durante o dia todo e como da outra vez e após certa de 14 horas voando pousamos. Desta vez em meio ao deserto de Anauroch...


 

Graças a Gregor que se mostrou um exímio caçador mesmo estando de ressaca, conseguimos comer escorpiões fritos e bebemos água criada por Reyes.


 

Neste meio tempo fiz a pergunta que me afligia:


 

"-Quem são Cukko e Dizon?"


 

Reyes e Gregor se olharam então Gregor começou a falar:


 

"-São aqueles dois que derrotamos na casa que foi incendiada."


 

Eles contaram toda a história sobre como os conheceram, mas isso ficará para outro manuscrito, pois é bem longa...


 

Ao anoitecer Gregor novamente fez pequenas preces ao redor do acampamento como que delimitando a área do acampamento e fomos todos descansar...


 

Durante a noite ouvimos algo parecendo um sino muito alto, levantei-me assustado e Gregor que já estava de pé falou rapidamente:


 

"-Alguém entrou na área do meu alarme!" Então ele puxou seu arco procurando o invasor.


 

Reyes e Philadox também acabavam de se levantar já sacaram suas armas. Quando fui pegar "Presa de Tigre" (este é o nome de meu sabre mágico), senti algo morder meu tornozelo e uma dor que se espalhou rapidamente por todo meu corpo.


 

Cai ao chão sentindo-me fraco e finalmente vi o intruso que rastejava pela sombra...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

4 – Caça a Bruxa

Após a explosão de fogo, os batentes da porta recém derrubada começaram a pegar fogo. Philadox saiu apenas com a barba chamuscada, provavelmente por causa da proteção de sua armadura de batalha.


 

Gallagan parecia ter sentido muito mais o golpe, sua pele parecia estar muito queimada, demonstrando em diversos pontos ter criado pequenas bolhas por causa do fogo.


 

Mas em compensação o Leão que ele monta parece que nem mesmo se incomodou com o calor, seu pelo continuava brilhante e sem nem ao menos sinal de ter se chamuscado...


 

Gallagan que não poderia entrar na casa com seu Leão se aproximou mais de Philadox. Falando algumas palavras mágicas encostou a mão no ombro do anão...


 

Os músculos de Philadox incharam a ponto de quase se ver as veias dele saltando. Philadox correu casa adentro atravessando o fogo que aumentava, eu fui atrás.


 

Entrei a tempo de ver Philadox com seu Malho pegando fogo enterrado no peito do homem que havíamos visto antes fechando o forno. Eles se encontravam na metade da escada.


 

Philadox então em um salto voltou e se postou a minha frente como que para me proteger de algo, me cutucou com o cotovelo e apontou para debaixo da escada.


 

Ao olhar vi ali um ser humano que se transformava em algo que mais parecia o cruzamento de um humano com um abutre, ele tinha penas acinzentadas por todo o corpo e largas asas emplumadas...


 



 

Vendo aquele ser monstruoso a nossa frente, eu parei de tocar e recitei um poema mágico que Batz há muito tempo me ensinou, este encantamento serve para privar magicamente qualquer ser de se movimentar.


 

Senti o monstro lutando contra meu encantamento, usando toda a força de vontade que ele tem... Mas meu encantamento foi mais forte e ele ficou ali paralisado embaixo da escada...


 

Quase que imediatamente após meu encantamento, vi cinco flechas encravadas no corpo do monstro e ouvi o som de algo caindo no chão ao mesmo tempo em que eu vi o monstro caindo morto...


 

Era Gregor que estava escondido, ele segurava uma flecha na mão e o arco estava no chão, pois ele o havia derrubado na pressa de atirar.


 

O corpo do monstro começou a deteriorar instantaneamente e sumiu sem deixar vestígios de um dia ter estado ali... Apenas um anel dourado, ao ver o anel Reyes falou:


 

"-Este anel é muito parecido com o anel que Leon tem, destrua ele!"


 

Philadox sem pensar duas vezes, acertou o anel com sua arma fazendo em migalhas. E então foi ver o corpo que estava na escada.


 

Este corpo cheirava a carne queimada, tinha um grande buraco queimado bem no meio do tórax onde Philadox havia enterrado sua arma. Após revistar o corpo encontrou um anel de platina e o guardou no bolso. Enquanto isso eu procurava pistas da bruxa na casa antes que ela fosse totalmente tomada pelo fogo...


 

Não encontrei nada, quando terminei saí da casa e encontrei os outros, mas Gregor havia sumido... Reyes estava ajoelhado rezando com um copo com água na mão. Na sua frente estavam os restos do garoto que estava no forno e com alguns diamantes ao redor do corpo.


 

Mantive-me quieto acreditando que o clérigo estava fazendo algum tipo de ritual para que a alma do garoto descansasse em paz. Após 10 minutos eu já estava cansado de esperar e Philadox batia o cabo de sua arma no chão também demonstrando impaciência. Então vi outra prova de poder do habilidoso clérigo...


 

Ele jogou um pouco de água sobre cada um dos diamantes e então molhou o rosto do garoto fazendo alguns sinais e então implorou em um tom de submissão:


 

"-Oh Torm, O Verdadeiro... imploro-lhe devolva a vida deste garoto que foi tomada por seres malignos..."


 

Um clarão surgiu então, fazendo com que eu tivesse que cobrir os olhos. Quando a luz sumiu o garoto estava em pé sem nenhuma queimadura.


 

Eu já tinha ouvido falar deste tipo de milagre... Mas nunca imaginei que iria testemunhar um deles.


 

Reyes tentava falar com ele, mas não conseguia, pois o garoto apenas chorava com medo e balbuciava:


 

"-Professora... vivo... forno... comer..."


 

Reyes se aproximou do ouvido do garoto e falou alguma coisa, aos poucos o garoto foi parando de chorar. Vendo-o mais calmo Reyes perguntou:


 

"-Quem fez isso com você? Onde está esta pessoa, você sabe?"


 

O garoto ainda com o rosto molhado, mas aparentemente sem medo começou a falar:


 

"-A nova professora... ela me pediu para ajudá-la com os livros... quando entramos, ela falou que iria me comer e me jogou vivo no forno..." Falou o garoto olhando para Reyes.


 

Reyes e Gallagan perguntam ao mesmo tempo:


 

"-Pode nos levar até esta escola?"


 

O garoto fez que sim com a cabeça e saímos correndo atrás do garoto. Quando chegamos ao centro da vila o garoto apontou para uma casa um pouco maior que as outras.


 

Quando nos aproximamos vimos Gregor tentando olhar pela fechadura, ele ia falar algo, mas Philadox foi mais rápido e já foi abrindo a porta.


 

Se tivéssemos demorado 10 minutos a mais provavelmente teríamos visto uma cena grotesca. Pois existiam cerca de 20 crianças amarradas no canto da sala todas chorando e uma moça que parecia preparada para fazer algo com as crianças.


 

O garoto imediatamente apontou para a moça e gritou:


 

"-É ela! É ela! Foi ela que me jogou no forno!!!"


 

Ela pareceu surpresa, mas ao avistar Reyes, que já estava no meio de uma conjuração e Gallagan a surpresa se tornou ódio.


 

Reyes terminou sua conjuração e surgiu em cima da bruxa dezenas de espadas se movendo no ar e atacando tudo em uma pequena área formando uma barreira, a moça foi pega por alguns golpes que lhe cortaram a carne. Mas deu um passo a frente e evitando assim se machucar mais na barreira.


 

Eu conjurei invisibilidade sobre mim e fui em direção às crianças. Vi então sete flechas perfurarem o corpo da moça...


 

Em pontos vitais, como coração, fígado e garganta. Ao procurar com os olhos de onde vieram as flechas, vi Gregor com um olhar flamejante gritar:


 

"-Você não sairá viva daqui! Juro por meu irmão e pela honra de Shevarash!"


 

Então Gallagan avançou montado em seu Leão com toda velocidade em direção a barreira. O Leão hesitou e tentou de todas as formas possíveis lutar para não entrar na barreira, porém foi obrigado por Gallagan que por algum motivo queria entrar ali... Ainda não sei o que o paladino planejava, mas sei que o leão pareceu ser o mais inteligente dos dois naquele momento (e em muitos outros)...


 

Quando Gallagan entrou na barreira as lâminas começaram a retalhar sua carne que já estava danificada pelo fogo tornando-a ainda mais desagradável de se ver. Quando Gallagan finalmente estava frente a frente com a garota, ficou fascinado com sua beleza e decidiu apenas olhá-la...


 

Philadox então passou correndo por trás dele, se jogando com o escudo contra a moça que aproveitou para mordê-lo em um dos ombros. Ele urrou de dor e raiva entrando junto com a bruxa em meio às lâminas.


 

Philadox se levantou com diversos cortes no corpo, mas a moça foi dilacerada... Os restos do corpo dela foram jogados para todos os lados sujando a sala toda de sangue. E finalmente voltando a sua forma verdadeira...


 

Ela mudou totalmente de aparência. Parecia com uma mulher muito feia com a pele violeta azulada como se tivesse sofrido hematomas. Com verrugas, bolhas e chagas por todo o corpo... Tufos de cabelo negros como um carvão, dentes serrilhados e amarelados. E os olhos flamejantes emanando um leve brilho avermelhado. Em resumo a visão de algo saído dos nove infernos!


 



 

Enquanto eu desamarrava as crianças, Reyes desfez sua barreira e foi verificar o ombro de Philadox que caiu ajoelhado por causa da dor.


 

Reyes tentou alguns feitiços contra veneno, mas de nada adiantou. O ombro de Philadox estava cada vez mais escuro, chegando a ficar mais escuro que a pele da bruxa morta...


 

Perto de uma das partes do corpo da Bruxa vimos uma gema roxa, Reyes que havia desistido (Por enquanto) de cuidar do ombro de Philadox começou a pisar na gema tentando quebrá-la.


 

Philadox se aproximou mal-humorado por causa do ombro e empurrou Reyes para longe da gema, com um único golpe de malho ele despedaçou a gema... Mas usou muita força e os estilhaços que voaram chegaram a nos machucar. Por sorte as crianças já tinham saído da sala senão poderiam ter se machucado.


 

Nisso Philadox guardou a arma, virou-se para Gallagan e falou:


 

"-Você é um animal! Ouvi falar que paladinos podem curar doenças. Você não pode ou não quer fazer isso? Reyes já descobriu que NÃO é veneno o que está circulando pelo meu ombro!"


 

O anão começou a encarar Gallagan com ódio no olhar...


 

Gallagan se aproximou demonstrando certa dúvida sobre o que poderia fazer. Colocou uma mão no ombro de Philadox e vimos uma luz brilhar. Então o ombro do anão começou a voltar à cor original, enquanto o paladino falava...


 

"-Desculpe-me meu fiel amigo, eu esqueci que poderia fazer isto..."


 

E mais uma vez o Paladino demonstra sua grande perspicácia...


 

Quando saímos, diversas pessoas se aproximaram perguntando o que havia acontecido... E como todo bardo, por mais modesto que seja, comecei a contar sobre as recentes vitórias de meus companheiros com uma canção. Fomos aplaudidos pelos amigáveis moradores da vila. Eles fizeram questão de dar uma festa em homenagem ao grupo. É claro que me ofereci para cuidar da música...


 

Passamos a noite inteira comendo, bebendo e cantando. Sem nos preocuparmos com o amanhã...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

3 - À Procura do Inimigo

Voamos durante cerca de quatorze horas, por melhor que seja a sensação de voar... Voltar a tocar o chão foi um prazer. Decidimos que era hora de descansar, apesar de eu não ter habilidade para caçar, pescar ou qualquer outra coisa ligada à vida no campo (Sim eu sou um jovem da cidade, gosto de uma cama macia no quarto de uma hospedaria) eu decidi que deveria ajudar ao meu modo. Puxei minha harpa, o artesão que a construiu realmente tinha um ouvido e tanto por que se pode dizer que ela é uma obra-prima, já a tenho há alguns anos e nunca desafinou ou quebrou uma corda.


 

Comecei a dedilhar minha harpa para dar mais animo e alegria aos meus companheiros e seu som ecoava pelas arvores da floresta em que estávamos. Somente parei quando Gregor surgiu por detrás de uma arvore próxima com um cervo nos ombros, o cervo tinha um único ferimento entre os olhos, onde existia uma flecha alojada.


 

Após comermos, Philadox perguntou sobre como iríamos fazer a guarda. Pois no meio da floresta existe grandes possibilidade de sermos atacados por animais selvagens. Gregor se levantou sem falar nada foi até o centro do acampamento, tirou um pequeno sino do bolso e um fio de algo que parecia prata, fez algumas preces e voltou a se sentar falando:


 

"-Pronto, nenhum animal entra na área sem que nós sejamos avisados."


 

Então finalmente após isto fiz a pergunta que mais me afligia:


 

"-Afinal, quem é esta bruxa que estamos indo atrás?"


 

Gregor me olhou nos olhos e Philadox fez um sinal com a cabeça como que confirmando que também gostaria de saber a resposta. Mas foi Reyes quem começou a falar:


 

"-Não sei se vocês já viram como está Presmea, mas ela foi engolida pelas trevas graças a um ritual que esta bruxa fez. Ela e mais duas outras bruxas que nós já matamos sacrificaram crianças em Presmea para criar um lugar em que demônios se sentissem confortáveis. Infelizmente nós não conseguimos conter o ritual e durante o processo um amigo meu de infância foi morto..."


 

"-E também o meu irmão que foi assassinado por estas bruxas. Por isso jurei que vou caçar todas elas e fazer com que paguem!" Falou Gregor cortando o que Reyes falava.


 

Gregor ficou quieto, mas novamente vi seus olhos flamejando. Reyes então encerrou o assunto falando:


 

"-Nós devemos descansar, chegaremos ao Vale da Sombra amanhã. E temos que evitar que aconteça lá o que aconteceu em Presmea!"


 

Fomos todos descansar após esta conversa. Mas para quem não sabe, nós elfos não dormimos como as outras raças. Apenas entramos em um transe como se estivéssemos meditando durante 4 horas. No outro dia pela manhã partimos novamente "caminhando" no ar, chegamos ao Vale da Sombra pouco antes do Sol estar no seu ponto mais alto.


 

O Vale da Sombra é um lugar em que parece que o tempo passa mais devagar, dando a sensação de que a cidade está adormecida pelo ambiente calmo. As casas são feitas de madeira e pedra, estão todas longe o suficiente uma da outra para que o visinho não escute o que acontece na casa ao lado, porem perto o suficiente para que se possa ver a janela do visinho.


 

Ao tocar o solo, fui em direção da casa mais próxima. Nós precisávamos de pistas de onde a bruxa poderia estar. Já fui batendo na porta e após menos de um minuto de espera ela se abriu, vi um humano que deveria estar por volta dos seus 40 anos parado com um ar de duvida e desconfiança. Estampei meu maior sorriso no rosto e comecei a falar:


 

"-Bom dia senhor, eu me chamo Aust Näilo. Desculpe incomodar batendo em sua porta, mas eu e meus amigos tivemos noticias de que provavelmente existira uma bruxa escondida em vossa vila. Eu gostaria de saber se não for incomodá-lo se não ouviu algum rumor estranho." Falei usando o tom mais amigável e tentando demonstrar minha preocupação para com a vila.


 

Ele me olhou dos pés a cabeça e começou a falar:


 

"-Não ouvi rumor algum sobre isto, nem nenhuma bruxa passou por aqui. E se esta bruxa decidir vir até aqui garanto que não sairá viva!"


 

Assim que ele terminou de falar eu agradeci pela atenção e me distanciei da casa, enquanto voltava para perto do grupo vi que Gregor não ficava parado. Hora estava mexendo na terra, depois estava olhando para o horizonte, mas o tempo todo se movendo como se estivesse seguindo os passos de alguém... Fui de casa em casa tentando obter informações durante cerca de 2 horas e Gregor o tempo todo também andando de um lado para o outro. Após estas horas o Maximo que eu havia descoberto era que há pouco tempo uma senhora e dois senhores haviam se mudado para a vila, quando fui falar para os outros Gregor também se aproximou e começou a falar antes de mim:


 

"-Acho que encontrei o rastro da bruxa indo para uma casa aqui perto. Vou até lá investigar, alguém virá comigo?"


 

Eu me ofereci e nós começamos a nos aproximar da casa que ele apontou, sem fazer ruídos e tentando não chamar atenção. Quando chegamos à janela Gregor entrou enquanto eu fiquei vigiando, do lugar em que eu estava conseguia ver uma sala quase vazia com exceção de uma mesa com três cadeiras, uma escada na parede oposta e um pouco de uma cozinha em que se podia perceber que tinha algo assando pelo cheiro. Gregor foi até a cozinha e após investigar um pouco, abriu a porta do forno à lenha que rangeu, de onde estava não dava para ver o que estava sendo assado... Ele então voltou apressado com uma expressão de nojo para a sala esquecendo-se de fechar o forno à lenha, ele se escondeu embaixo da escada e então ouvi passos.


 

Ajeitei-me na janela de modo que a pessoa que estava descendo não pudesse me ver, mas fosse possível espiar dentro da casa. Era um homem (?) ele tinha dois chifres pontudos que apareciam entre seus cabelos negros, usava cavanhaque e não aparentava ser muito velho... A roupa que usava cobria o corpo inteiro e havia um capuz que estava jogado para trás. Provavelmente usado para esconder os chifres, ele caminhou até a porta da sala e viu o forno aberto. Olhou para os lados como que procurando alguém... Eu me encolhi mais ainda na janela para não ser visto. Ele fechou a porta do forno e subiu as escadas, mas não antes de procurar com o olhar novamente quem poderia ter aberto o forno...


 

Assim que ouvi os passos dele chegar ao fim da escada vi Gregor saindo pela janela e fazendo sinal para nos afastarmos da casa. Quando nos aproximamos do resto do grupo Gregor começou a falar:


 

"-Não há duvidas de que estamos no lugar certo e que é naquela casa... Havia uma criança assando no forno..."


 

Gallagan que estava em silencio até agora olhando para a casa vira-se para nós e fala:


 

"-Eu sinto duas auras malignas dentro daquela casa... Como iremos agir?"


 

Enquanto ele falava, eu me virei para Philadox e comecei a falar:


 

"-Vamos lá meu amigo, derruba a..."


 

"-Eu derrubo a porta e vamos para cima!" Falou Philadox já sabendo o que eu iria falar...


 

Philadox saiu correndo em direção à porta assim que terminou de falar. Enquanto isso eu comecei a cantar uma música para inspirar ainda mais a coragem do anão. Dizem que as músicas de um bardo podem inspirar seus amigos a grandes feitos. Cada vez que começo a cantar torço para conseguir transmitir toda a emoção necessária para encarar as dificuldades.


 

Vendo Philadox correndo em direção a porta o paladino correu junto montado em seu Leão divino. Quando Gallagan chegou à porta da casa, Philadox já a derrubava com um chute e então vimos uma enorme bola de fogo engolir Philadox e Gallagan com Leão e tudo...