quinta-feira, 14 de maio de 2009

14 – Um Dia Brilhante e A Pataka

Durante a discussão Reyes apenas se afasta, se ajoelha em um dos cantos do casebre e parece começar a orar.


 

Eu me aproximo do alçapão que havíamos entrado anteriormente e pergunto tentando não demonstrar minha vontade de sair desta maldita "cidade fantasma":


 

"-Espero que não tenhamos nunca mais de entrar aqui..."


 

Aust fala apontando para a porta do alçapão e tentando disfarçar um leve tremor que ainda cismava em se mostrar. Com exceção de Reyes todos olharam para Aust e para o alçapão como que pensando no assunto.


 

Então Dilios se aproxima de Aust, afasta-o do alçapão com um dos braços e começa a atacar a porta do alçapão com sua lança que espalha fagulhas elétricas para todos os lados deixando pequenos buracos queimados onde acerta.


 

Após muitos golpes a porta de madeira do alçapão se quebra e vemos que junto com ela se quebra também a escada que de madeira que descia até o corredor mais abaixo.


 

Aust dá um sorriso disfarçado de alivio, pois sem escada acredita que ninguém irá descer. Mas para sua desilusão Dilios se pendura na borda do alçapão e desce, seguido por Gregor que faz um sinal chamando Aust para descer junto.


 

Os três seguem pelo corredor na mesma ordem de descida e chegam à sala onde fora encontrado o diário anteriormente, lá os três começam a procurar por qualquer coisa que lhes chame a atenção.


 

Eu que não sou bobo percebi um frasco nos farrapos que um dia foram roupas naqueles que estão presos nos aparelhos de tortura, rapidamente peguei o frasco e escondi em meus bolsos. Nunca se sabe quando uma poção encontrada em um corpo desconhecido pode nos salvar...


 

Não encontrando nada (aparentemente) dei graças a Corellon Larethian quando sugeriram que deveríamos sair de lá e fui o primeiro a sair daquele alçapão.


 

Com todos reunidos novamente Reyes que já havia terminado suas preces se aproxima de Dilios e pergunta:


 

"-Por que você veio atrás de nós?"


 

Dilios sem demora responde:


 

"-Ouvi falar que vocês enfrentaram o imundo do demônio Matkai!" Pode-se perceber um brilho que beira o ódio e a loucura inflamar nos olhos de Dilios.


 

Gregor diz que vai verificar o estado na vila e nas outras casas, Aust o segue apenas com o intuito de se afastar daquela casa. Ao saírem ambos ficam desconcertados...


 

É evidente que algo naquela cidade mudará, não sei como mudou, mas parece que um peso enorme foi tirado dos meus ombros, o dia sempre parecia meio triste, mas agora dá a impressão de que algo bom irá acontecer. O crepúsculo que sempre estava pálido, agora brilha como se nada de mal tivesse um dia acontecido naquele lugar.


 

Gregor vasculha durante um tempo a cidade, enquanto Aust admira o céu, quando o sol finalmente se vai ele entra na cabana novamente e agora sem tremer, pois tem a impressão que tudo o que se passou ali foi apenas um sonho ruim.


 

Estão todos em silencio e se preparando para dormir. Aust escolhe um canto da cabana e apenas começa a se preparar para meditar. Se esquecendo até mesmo dos restos dos mortos vivos que ainda se encontram na porta da casa.


 

Durante sua preparação eu ouço Gregor falando com Reyes para falar com Jasão. Um pouco antes de entrar em meu transe de descanso ouço Reyes falar que Jasão viria nos buscar no outro dia... Então entro em transe e não ouço mais o que falam.


 

Algumas horas depois Aust acorda do transe, ainda é noite, pois o tempo que os elfos precisam descansar para se sentir bem é apenas 4 horas.


 

Ele se levanta e sai da casa, as estrelas estavam lindas. Ele se deitou em um dos raros lugares que ainda tinha grama e começou a tocar sua harpa e cantar lembrando-se de "sua" amada Cassandra e vendo o sol nascer.


 

Somente depois que o sol já estava lindo e brilhante no céu é que os amigos de Aust começaram a sair da cabana. Gregor foi o primeiro, provavelmente já estava acordado há algum tempo, pois também é um elfo e precisa descansar menos que os outros.


 

Quando já estavam todos do lado de fora e o sol se encontrava quase no ponto mais alto do céu o velho Balthasar saiu e assustado com o sol brilhante que encontrou. Ele se aproxima confuso e Dilios que estava mais perto e percebeu a confusão do velho fala:


 

"-Ontem os monstros desta vila provaram da minha lança longa!"


 

Balthasar olhou espantado para cada um dos membros do grupo, abriu um sorriso e falou em voz alta para todos ouvissem:


 

"-Não tenho como lhes agradecer! Mas aguardem aqui, por favor."


 

Dizendo isso ele correu casa adentro, o velho retorna com uma estatueta entalhada em madeira de um cavalo e fala:


 

"-Sei que não é muito, mas é o melhor que posso dar e também minha única forma de agradecer a vocês!"


 

Dilios recebe a estatua e agradece pela generosidade do velho. Assim que o velho entra na casa Dilios se vira fazendo uma careta de quem não gostou e guarda a estatueta.


 

Assim se passa a manhã toda, Jasão aparece durante a tarde e após cumprimentar a todos pede que se forme um circulo e então teleporta todos para a vila.


 

Logo que chegamos vejo uma meio-elfa se aproximar de Reyes, Gregor e Gallagan e cumprimentá-los. Ela usava roupas modestas, os braços e pernas desnudos, com uma tatuagem de um tigre muito bem feita em um dos braços. Ela não é bonita, mas naquela hora eu poderia até pensar em ter uma noite de divertimento com ela.


 

"-Então como está Pataka?" Gregor diz fazendo um movimento para abraça - lá. Mas um olhar frio que Pataka lançou para a região da cintura dele fez com que ele recuasse e eu repensar sobre ter uma noite de divertimento com ela.


 

"-Onde estão os outros?" Ela perguntou sem se preocupar em responder a pergunta de Gregor.


 

Aust vê Reyes e Gallagan se afastar conversando com Jasão enquanto Gregor explica sobre outros nomes que ele ainda não conhece, mas já ouviu falar em sua procura por informações sobre o grupo.


 

A meio-elfa olha para Aust e pergunta a Gregor:


 

"-E estes seguindo vocês? Quem são?"


 

Gregor aponta para cada um dos membros recém-chegados(inclusive Aust) apresentando-os. Então finalmente nos diz quem é a mulher.


 

"-Está aqui é nossa companheira Pataka Wong, uma monja de confiança e que já viaja conosco há algum tempo." Todos fazem uma breve reverencia para a mulher e Gregor continua falando:


 

"-A propósito, Pataka onde você esteve?"